quinta-feira, 21 de junho de 2012

Hoje é dia do Gonzaguinha! São Luis Gonzaga, rogai por nós!


(Cachoeira Paulista, SP. 21.06.2012. CN)

Considerado o "Patrono da Juventude", São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís - desde cedo - deixou-se possuir por esse amor.

"Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade."

Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.

Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos.

Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.

São Luís Gonzaga, rogai por nós!

terça-feira, 12 de junho de 2012

FESTIVIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


Princípio e Fundamento



     
O homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e assim salvar a sua alma.
E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem,
para que o ajudem a alcançar o fim para que é criado.
Donde se segue que há de usar delas tanto quanto o ajudem a atingir o seu fim,
e há de privar-se delas tanto quanto dele o afastem.
Pelo que é necessário tornar-nos indiferentes a respeito de todas as coisas criadas
em tudo aquilo que depende da escolha do nosso livre-arbítrio, e não lhe é proibido.
De tal maneira que, de nossa parte, não queiramos mais saúde que doença,
riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que breve,
e assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo apenas o que mais
nos conduz ao fim para que somos criados.

SER JESUÍTA

SER JESUÍTA

terça-feira, 5 de junho de 2012

Espiritualidade Inaciana



 Espiritualidade é uma maneira de ser cristão, uma forma concreta de viver o Evangelho, a partir da ação do Espírito. Conforme o ensinamento dos apóstolos, é o Espírito Santo que suscita na Igreja a fé do seu povo, infundindo-lhe os dons necessários a sua missão evangelizadora. O acolhimento desses dons espirituais e os frutos concretos na prática do amor, seja em âmbito pessoal ou comunitário, podem ser chamados de espiritualidade. Não se deve esquecer de que o critério de uma vida verdadeiramente cristã consiste na capacidade de descobrir os caminhos do Espírito na história, por meio do confronto vital com a Pessoa de Jesus Cristo. Inácio de Loyola, Francisco de Assis, João da Cruz, Teresa D´avilla e tantos outros descobriram o amor de Deus no encontro com Jesus Cristo. A resposta a esse amor surgiu de um jeito próprio, com atitudes concretas, dando origem a uma pedagogia.



QUAIS SÃO, ENTÃO, OS ASPECTOS PRÓPRIOS DA ESPIRITUALIDADE INACIANA?



1. O “MAGIS” – Para S. Inácio, o “magis” é a resposta do ser humano ao Deus “trabalhador e providente”. Sempre há um “mais” de amor por parte do “Deus sempre maior” com relação a cada pessoa. Diante da Divina Majestade e da bondade infinita de Deus, a resposta do ser humano não pode ter limites; ele é chamado a “servir” a Deus ao máximo. S. Inácio assinala essa meta com o termo “magis”, buscado em cada circunstância e em toda atividade. No fundo desse dinamismo, encontramos uma tensão interna que estimula a pessoa a buscar sempre mais; uma força motriz que vai dando em cada momento o impulso necessário a superar-se, a entregar-se generosamente sem limites, a não ter medo das últimas consequências. O “magis” passa a significar entrega total e sem reservas para “inteiramente cumprir Sua santíssima vontade”; mais que o ardor de um temperamento, o “magis” corresponde agora a um desejo e a uma atitude espiritual: é preciso fazer o máximo para o louvor e o serviço do Senhor.




2. O “DISCERNIMENTO” – atitude permanente de reflexão sobre os movimentos internos de nosso espírito, lendo nos sucessos e fracassos das criaturas e nos sinais dos tempos a expressão da vontade de Deus para nós. Discernir é “sentir e conhecer (tomar consciência!) as diversas moções que se produzem na alma” (Exercícios Espirituais, 313). O discernimento supõe as existência de “movimentos internos” que se sobrepõem à pessoa. Estão na pessoa e não dependem dela. A pessoa deverá refletir sobre os efeitos (reações) que se produzem no seu coração: inquietude, angústia (desolação) ou paz, alegria (consolação).




3. A “INDIFERENÇA” – atitude de despojamento pessoal que revela que só Deus é o fim e que tudo o que existe na face da Terra são meios para se chegar a Ele. O aspecto mais importante da Espiritualidade Inaciana é o fato de ela ser cristocêntrica, isto é, ter seu ponto de partida e de chegada na Pessoa de Jesus. Seguindo Cristo e amando-o, toda a vida ganha sentido e um dinamismo que encaminha para a “Missão”. Para um inaciano, assumir uma missão é fazer da própria vida um gesto diário de entrega aos demais, que se concretiza na vida familiar, profissional e social, na procura de “em tudo amar e servir”. Podemos dizer, então, que a Espiritualidade Inaciana se resume em ser “contemplativos na ação”. Contemplativos na medida em que olhamos o mundo e sua realidade com os olhos de Deus. Na ação enquanto este olhar nos tira da acomodação e nos leva a agir no mundo, para transformar toda a realidade em que não brilham a Glória de Deus e a felicidade da pessoa humana.



O centro da Espiritualidade Inaciana são os Exercícios Espirituais que Santo Inácio. Inácio, em sua caminhada espiritual foi anotando num livrinho como Deus ia se revelando em vários momentos marcantes de sua vida. Essa experiência de Deus gerou uma espiritualidade singular na Igreja que é característica dos jesuítas, religiosos, sacerdotes e leigos, que descobriram na espiritualidade inaciana um caminho eficaz no seguimento de Jesus.

Assim como toda espiritualidade cristã, ela está centrada na pessoa de Jesus e na Palavra de Deus. Mas por outro lado, toda espiritualidade nasce de uma experiência pessoal de Deus e traz para vida da Igreja sempre uma nova matiz. A espiritualidade inaciana tem alguns traços próprios, como por exemplo o ser "contemplativo na ação", o "buscar e encontrar Deus em todas as coisas", o fazer tudo para "a maior Glória de Deus", o "princípio e fundamento", o "discernimento inaciano", o "magis", "o maior serviço", "o bem mais universal", o "sentir com a Igreja", o "exame de consciência diário", a "aplicação dos sentidos", etc. Todas essas expressões para serem entendidas precisam ser vivenciadas a partir dos Exercícios Espirituais (EE).

Os EE podem ser feitos na vida cotidiana, onde o exercitante sob a orientação de um diretor espiritual não precisa deixar seus afazeres e ir para uma casa de retiros. Como pode também qualquer pessoa fazê-la em oito, ou em trinta dias, dependendo de sua disponibilidade de tempo. Os Jesuítas durante o período da formação fazem o retiro de trinta dias pelo menos duas vezes e, a cada ano fazem um de oito dias como forma de voltar as fontes da espiritualidade que os anima, inspira e determina o seguimento de Jesus e o serviço que eles prestam à Igreja.